quarta-feira, 22 de junho de 2016

O BANQUINHO DE PRETO VELHO

Temos como fundamento nas giras de Umbanda um “trono” material de suma importância e significado. O banquinho de preto velho é a mais bela hierarquia que nos estimula a pensar. Seu trono com três pés nos apresenta a trindade que devemos cultuar com respeito, fé e devoção.

O significado de seu poder nos atinge a cada gira, a cada momento. A permanência sólida de valores
íntimos e conscienciais. A estabilidade e força, a casa intima divina sendo construída dentro de cada médium ao incorporar os sábios e serenos pretos/ a velhas.

Construir nossa liberdade, nossa fé, descarregar o desapego, nos limpar a cada dia em atitudes e emoções nocivas. O banquinho nos traz a cada gira a razão consciente de que esse trono não permite nossos disfarces e mascaras, soberba, o orgulho religioso pela falta de competência de realizarmos um trabalho interno santificado. Se assim mantiverem esses sentidos mesquinhos serão julgados pelo próprio azar de serem quem são.

O banquinho tem que ser construido pelas vossas conquistas intimas que por vezes são penosas, doloridas, mas catárticas o quanto antes para que esse trono reluza nossa consciência espiritual divina.

O estado permanente do ser indica o começo dessa purificação e sua estabilidade vem com a porados com a luz sapiente e serena nos conduzindo a todo instante aos jardins de alecrim e rosas.

Aqueles que são dignos, verdadeiros, trabalhadores, brilhantes em seus íntimos serão acolhidos e assim esse “trono” material se transformará na mais bela construção divina com estacas sólidas e fincadas nos sentidos mais verdadeiros e puros. Infelizmente teremos algum tempo para conquista-los.

Que façam vossa parte hoje, não encarem as verdade como revezes, orgulhosos e mascarados, deixem entrar, entender-se, resolvam-se ou não serão dignos de nada, onde no nada, nada existe, pois a sombra reflete também nossa falta de evolução e mesquinhez. Amados filhos sejam as lagrimas de Olorum, pois elas lavarão e semearão a terra fria e sombria que se encontra no intimo de quase todos os seres encarnados.

Por Pai João da Caridade
Médium e Sacerdote Carlo Saad Florenzano
Jornal de Umbanda Sagrada ed.133 Jun/2011

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