sábado, 25 de agosto de 2018

Palmas e cantos, tambores e sons na Umbanda

Palmas e cantos, assim como a presença de atabaques e dos Pontos Cantados dão vida à Umbanda.

E todos podem auxiliar para que as Giras sejam cada vez mais fortalecidas e vibrantes!

A importância de bater palmas e cantos para acompanhar o toque do atabaque junto com quem comanda os trabalhos é essencial na Umbanda.

A energia gerada pela soma das ações de todos estimula, vibra e modifica os ambientes.
E assim eles se tornam favoráveis à nossa prática religiosa.

São muitas as culturas que fazem uso da música como forma de se religar com o Divino.
E não apenas com o som, mas com a dança também.

A música, as palmas e cantos, os ritmos, etc, estão aí, desde os tempos mais remotos.
Eles colaboram para criar um vínculo mágico e astral com o plano espiritual.

E a Umbanda não só reconhece como também faz uso deste mesmo conhecimento primordial.

Todo som produz frequência de ondas eletromagnéticas que, se vibrada no tom e na cadência certa, pode atingir as mais variadas esferas astrais.

Daí a importância dos atabaques (tocado com as mãos dos atabaqueiros ou ogãs).
Dos Pontos Cantados (orações na forma de cântico, com letra e melodia próprias a cada Orixá ou alma trabalhadora da Umbanda)
Dos umbandistas presentes nas Giras, que com suas palmas e cantos ritmados auxiliam na composição do ambiente.

Assim, se um dia você estiver de visita a uma Casa de Umbanda e lá os trabalhos usarem ‘tambor’, palmas e cantos, participe!

Doe seu próprio corpo, com palmas e cantos para ajudar a não apenas segurar a corrente espiritual que se sustenta o templo, como também para alcançar as diversas esferas do plano espiritual. E não tenha vergonha de soltar a voz!
A harmonia das palmas e dos sons facilitam para que os médiuns se desliguem das distrações terrenas.

Assim, podem se concentrar inteiramente no ritmo dos pontos.

Dessa forma, facilitam a incorporação do médium, que fica adormecido momentaneamente.

Assim, todos podem ajudar para que o atendimento espiritual seja o melhor possível.

Todos ajudam a manter os pensamentos focados na energia circundante e na alegria de pertencer a esta maravilhosa religião, onde a soma de todos é infinitamente maior quando a verdadeira fé nos une!

sábado, 18 de agosto de 2018

Orixás pertencem a alguém ou alguma religião?

Já imaginaram o Papa reclamar o direito exclusivo em cultuar e amar a Jesus e os demais santos católicos e dizer que todas as outras religiões cristãs deveriam “devolve-los” para Roma?

Se fosse assim, nós umbandistas teríamos que nos desfazer de nosso sincretismo com os santos e, inclusive, seríamos acusados de deturpar o culto aos mesmos, já que somamos a eles os valores “afro-ameríndios”.

Ouvimos falar que certos Orixás não são da Umbanda.
Bem, de quem eles são então?
Divindades têm donos?

Podem alguns Orixás ser de Umbanda e outros estarem nela por engano?

Ao que sabemos, todos os Orixás tem a mesma Origem Iorubá, a mesma origem nos Cultos de Nação, onde na África cada Nação tinha o culto voltado ao seu Orixá, considerado o ancestral de todos ali.

Mas o Orixá tem vida própria: ele é divindade, é um Trono de Deus.

Não precisa de nós para existir e sim nós é que precisamos deles para existir.
Mesmo que muitos de nós não saibamos disso.

Para atender as necessidades de diferentes grupos sócio-culturais surgem novas religiões, pois a cada dia surgem novas realidades.
Mas é sempre o mesmo Deus e, claro, as mesmas divindades que ressurgem.
Às vezes, ressurgem com nomes diferentes e outras vezes com os mesmos nomes.

Os Orixás aparecem na Umbanda, mas já dentro de um outro contexto.
E é diferente dos Cultos de Nação, pois é uma religião diferente.

O Preto Velho, que para os Cultos de Nação é “egum” e não incorpora no mesmo “chão” que o Orixá, por sua vez nos apresenta os Orixás, todos quantos conhece no Astral, todos quanto cultuam em espírito na “Aruanda”.

E aqui na Terra, na matéria, ainda se discute se estes Orixás pertencem à Umbanda.

Que dúvida podemos ter?

Se quem os apresenta a nós é o mesmo Preto Velho, não há dúvidas.
Pois somos filhos destes Orixás.

O filho reconhece o Pai e o Pai reconhece o filho.

Não teria o filho de mudar de religião, para continuar com o mesmo Pai ou Mãe, já que uma vez reconhecida a paternidade divina dos Orixás, pouco importa o que outros digam: o que importa é que ali ele foi apresentado ao filho.

Apesar de termos um Pai e Mãe de Cabeça, somos filhos de todos Orixás!

Orixás pertencem a todos, pois todos somos filhos Deles (as)!
Foto: Jefferson Peixoto/Ag. Haack – Reprodução

sábado, 11 de agosto de 2018

O Mistério do Orixá Ancestral, de Frente e Adjuntó

Orixá Ancestral, de Frente (ou de Cabeça) e Adjuntó é um assunto muito buscado na Umbanda.

Uma dúvida, e a que mais incomoda os umbandistas é sobre seu Orixá.
Nós sabemos que Orixá Ancestral não é o mesmo que Orixá de Frente ou Adjuntó.
O Orixá Ancestral está ligado à nossa ancestralidade e é aquele que nos recepcionou assim que, gerados por Deus, fomos atraídos pelo Seu magnetismo divino.

Todos somos gerados por Deus e somos fatorados por uma de suas divindades.
É Ele que nos magnetiza em sua onda fatoradora e nos distingue com sua qualidade divina.

Uns são distinguidos com a qualidade congregadora e são fatorados pelo Trono da Fé.
E, se forem machos, é o Orixá Oxalá que assume a condição de seu Orixá Ancestral.
Mas, se for fêmea, aí é a Orixá Oyá-Tempo (Logunan) que assume sua ancestralidade.

Uns são distinguidos com a qualidade agregadora e são fatorados pelo Trono do Amor.
E, se forem machos é o Orixá Oxumaré que assume a condição de seu Orixá Ancestral.
Mas, se forem fêmeas, aí é a Orixá Oxum que assume suas ancestralidades.

Uns são distinguidos com a qualidade expansora e são fatorados pelo Trono do Conhecimento.
E, se forem machos, é o Orixá Oxóssi que assume a condição de seu Orixá Ancestral.
Mas, se forem fêmeas, aí é a Orixá Obá que assume suas ancestralidades.

Uns são distinguidos com a qualidade equilibradora e são fatorados pelo Trono da Razão.
E, se forem machos, é o Orixá Xangô que assume as suas ancestralidades.
Mas, se forem fêmeas, aí é a Orixá Egunitá (Oroiná) que assume suas ancestralidades.

Uns são distinguidos com a qualidade ordenadora e são fatorados pelo Trono da Lei.
E, se forem machos, é o Orixá Ogum que assume suas ancestralidades.
Mas, se forem fêmeas, aí é a Orixá Iansã que assume suas ancestralidades.

Uns são distinguidos com a qualidade evolutiva (transmutadora) e são fatorados pelo Trono da Evolução.
E, se forem machos é o Orixá Obaluayê que assume suas ancestralidades.
Mas, se forem fêmeas, aí é a Orixá Nanã que assume suas ancestralidades.

Uns são distinguidos com a qualidade geradora e são fatorados pelo Trono da Geração.
E, se forem machos, é o Orixá Omulu que assume suas ancestralidades.

Mas, se forem fêmeas, aí é a Orixá Iemanjá que assume suas ancestralidades.

Observem que não estamos nos referindo ao espírito que “encarnou” no plano material e sim ao ser que acabou de ser gerado por Deus e foi atraído pelo magnetismo de uma de suas divindades, que, por serem unigênitas (únicas geradas) transmitem naturalmente a qualidade que são em si mesmas aos seus “herdeiros”, aos quais imantam com seus magnetismos divinos e dão aos seres uma ancestralidade imutável.

Pois é divina e jamais deixará de guiá-los, porque a natureza íntima de cada um será formada na qualidade que o distinguiu, fatorando-o.

Alguém pode reencarnar mil vezes e sob as mais diversas irradiações que nunca mudará sua natureza íntima.
Agora, a cada encarnação, ele será regido por um Orixá de Frente ou de Cabeça (que o guiará enquanto viver na carne).
E será equilibrado por outro Orixá que será o auxiliar (o Adjuntó) desse Orixá “da Cabeça”.
Usamos o termo “Orixá da Cabeça” porque ele regerá a encarnação do ser e o influenciará o tempo todo, pois está de “Frente” para ele.

Sim, o Orixá da Cabeça está à nossa frente nos atraindo mentalmente para seu campo de ação e para o seu mistério.
Mistério ao qual absorveremos e desenvolveremos algumas faculdades regidas por Ele.

Já o Orixá Adjuntó é um equilibrador do ser e atuará através do seu emocional.
E isso, ora estimulando-o e ora apassivando-o.
Pois só assim o ser não se descaracterizará e se tornará irreconhecível dentro do seu grupo familiar ou tronco hereditário, regido pelo seu Orixá Ancestral.

A dúvida dos médiuns e dos umbandistas se explica pela precariedade dos métodos divinatórios usados para identificar o Orixá da Cabeça e seu Adjuntó.

Daí, vemos pessoas reclamarem que a cada Babalorixá ou Ialorixá que consultaram deu um Orixá diferente a cada consulta.
E isso cria uma confusão e leva ao descrédito geral.
Esta queixa é muito comum e não são poucos os médiuns que estão confusos porque uma consulta diz que é filho desse Orixá e outra consulta diz que é filho de outro Orixá.

Nós dizemos isto: na ancestralidade, todo ser macho é filho de um Orixá masculino e todo ser fêmea é filha de um Orixá feminino.

Na ancestralidade, Orixá masculino só fatora seres machos e os magnetiza com sua qualidade, fatorando-os de forma tão marcante que o Orixá feminino que o secunda na fatoração só participa como apassivadora de sua natureza masculina.
E o inverso acontece com os seres fêmeas, onde o Orixá masculino só participa como apassivador dessa sua natureza feminina.

Portanto, no universo da ancestralidade dos seres machos há sete Orixás masculinos e na dos seres fêmeas há sete Orixás femininos.
Também há sete naturezas masculinas e sete naturezas femininas, tão marcantes que é impossível ao bom observador não vê-las nas pessoas.

Saibam que, mesmo que o Orixá da Cabeça ou de Frente seja, digamos, a Orixá Iansã, ainda assim, por trás desta regência, poderemos identificar a ancestralidade se observarem bem o olhar, as feições, os traços, os gestos a postura, etc.
Pois estes sinais são oriundos da natureza íntima do ser, apassivada pela regência da encarnação, mas não anulada por ela.

E o mesmo se aplica ao Orixá Adjuntó, pois podemos identificá-lo nos gestos e nas iniciativas das pessoas, já que é através do emocional que ele atua.

Outra forma de identificação é através do Guia de frente e do Exu Guardião dos Médiuns.
Mas esta identificação exige um profundo conhecimento do simbolismo dos nomes usados por eles para se identificarem.
E também, nem sempre o Guia de frente ou o Exu guardião se mostram, pois preferem deixar isto para o Guia e o Exu de trabalho.

Saber interpretar corretamente o simbolismo é fundamental.
Então, que todos entendam isto:

• Orixá Ancestral é aquele que magnetizou o ser assim que ele foi gerado por Deus e o distinguiu com sua qualidade original e natureza íntima, imutáveis e eternas;
• Orixá de Frente (ou de Cabeça) é aquele que rege a atual encarnação do ser e o conduz numa direção na qual o ser absorverá sua qualidade e a incorporará às suas faculdades, abrindo-lhes novos campos de atuação e crescimento interno;

• Orixá Adjuntó é aquele que forma par com o Orixá de Frente (ou de Cabeça), apassivando ou estimulando o ser, sempre visando seu equilíbrio íntimo e crescimento interno permanente.

É por isso também que muitos encontram em si qualidades de vários Orixás.
A cada encarnação há a troca de regência da encarnação.

E, nessa troca, os seres vão evoluindo e desenvolvendo faculdades relativas a todos os Orixás.

Afinal, se somos “humanos”, absorvemos energias e irradiações, magnetismo e vibrações de todos eles. Certo?



Fonte: Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada, Editora Madras

sábado, 4 de agosto de 2018

Afastar obsessores ou energias negativas: saiba como deve proceder

Afastar obsessores ou energias negativas para bem longe de si é possível.
E sem complicação.

E nos dias de hoje é muito comum nos sentirmos pra baixo, como se um peso enorme estivesse sobre nossos ombros.

Talvez a melhor resposta para isso seja a fé. Explicaremos.

Você pode ler mil e uma formas de se livrar das energias ruins.
Ou então fazer banhos de descarrego receituados na Umbanda.
Ou ainda aguardar ansiosamente o dia da Gira e pedir para que a entidade faça uma limpeza em você.

Mas se você não mudar seus pensamentos, emoções e ações, é quase como se os obsessores saissem de perto por alguns momentos e
logo mais te aguardassem ali na porta para caminharem junto a você.

Tudo é energia. Tudo mesmo!

Albert Einstein disse:
“Sintonize a frequência que você deseja e esta é a realidade que você terá; isso não é Filosofia: é Física”.

E por mais que saibamos que existem sim espíritos que podem pesar em nosso campo energético e espiritual, o antídoto está
dentro de nós mesmos.

E afastar obsessores e energias ruins começa na mente, na maneira que enxergamos a vida, a cada dia.

Pensamentos e sentimentos de gratidão alteram nosso campo energético.
Aconteceram coisas ruins a você?
Sua vida anda complicada, cheia de problemas?
Cabe a você melhora-la.

O passado já passou. Agradeça por isso.
O que quer que esteja acontecendo em sua vida, já foi, é passado.
Esqueça, não dá mais para mudar isso.
Você escolhe, no presente, o que quer fazer.

Muitos ficam remoendo o passado, achando que tomaram decisões erradas que trouxeram os problemas para a atualidade.
Outros miram só o futuro e esquecem que a vida acontece a todo momento.

Esquecem de viver hoje!

A responsabilidade pelo que aconteceu com você nem sempre é sua.
Exemplos:

– Bateram no seu carro;
– Você teve uma emergência médica;
– Surgiu um novo imposto para pagar, etc.

A maneira como você vai reagir a tudo isso é sim sua responsabilidade!

Você decide o que quer pensar e como agir.

Vai fazer um B.O. ligar para a seguradora e resolver o acidente ou vai chorar, espernear e brigar com o outro motorista?
Vai cuidar do seu problema de saúde ou vai ficar se lamentando a cada um que cruzar o seu caminho?
Vai pagar o imposto, contestá-lo nos órgãos competentes, ou ficar xingando o Governo?

Tenha fé em si mesmo, acredite. O poder já está aí dentro.
Na Umbanda, nossos Guias e Orixás nos amparam, atendem e aconselham. Mas o que fazemos é com a gente.

Não seja vítima; não faça mimimi.

Felicidade é resolver problemas, crescer com eles.
Quando você deixa a culpa, o desespero, a tristeza a as lamentações tomarem conta do seu ser, afastar obsessores fica mais complicado.

Primeiro você terá de resgatar sua fé, acreditar em si e em nossos Guias e Orixás.
Depois, a cada pensamento-ação-oração positiva, as energias ruins irão se dissipar.

Quando oramos e vigiamos nossos pensamentos, temos a chance de elevar nossa vibração, e como consequência mudamos as nossas atitudes.

Por mais que você acredite que tenha agora (ou venha a ter no futuro) inimigos espirituais, você escolher como combate-los.

Um estudo do Instituto Hearth Math, na Califórnia, analisou como os pensamentos de amor e de gratidão alteram para melhor a nossa condição cardíaca e, como consequência, ampliam o nosso campo eletromagnético.

Por mais que você se sinta “melhor” depois de limpezas energéticas ou coisas do tipo, saiba que você precisa mesmo é cuidar
da sua limpeza de pensamentos e sentimentos.

Certa vez, em consulta, o Sr. Exu Sete Trevas me disse:

“Agora não adianta ficar pensando no que fez ou deixou de fazer. O que tá acontecendo na sua vida hoje você plantou lá trás, uma, duas luas atrás. Você tem agora é que decidir o que você quer colher lá na frente e plantar já.”

Laroyê Seu Sete Trevas!

Ajudou a afastar obsessores e ‘me ensinou a pescar’.
Já o peixe, esse é por minha conta.