Como entender os Orixás? Como eles podem agir em nossas vidas?
Essa história abaixo eu aprendi e sempre repasso para que todos possam entender de maneira simples.
Deus (Olorum) queria um bolo! Então, pediu a OXALÁ que preparasse um.
OXALÁ, como TUDO QUE CRIA, disse que assim o faria, mas não tinha noção de como seria realizado esse tal pedido…
Então encontrou OXUM e pediu-lhe:
– OXUM, você que é DONA DO AMOR E SABE LIDAR COM OS SENTIMENTOS; convença com sua doçura os Orixás a ajudarem a criar um bolo para Deus.
Oxum disse que assim faria.
E com seu AMOR foi aos poucos convencendo os Orixás a ajudarem a fazer o bolo.
Mas faltava CONHECIMENTO de como iriam começar a realizar tal tarefa.
Então, pediram a OXÓSSI que desse a receita para que o bolo fosse feito.
OXÓSSI, em sua infinita SABEDORIA, se comprometeu a informar quais seriam os ingredientes a serem usados para o bolo.
E assim foi informando um a um. Mas disse:
– Eu sei a receita, mas tenho uma dúvida: qual ingrediente vem primeiro?
Qual a ORDEM? O que vai primeiro? A água? Os ovos? A farinha?
E agora?
Todos ficaram pensativos, mas ele concluiu:
“Quem pode ajudar é OGUM, que irá colocar tudo em seu devido lugar.
Ele é quem irá DIRECIONAR cada ingrediente”. E assim foi feito.
OGUM separou ingrediente por ingrediente e deixou lá, para que assim fizessem o bolo.
Mas então surgiu outro problema: como é que o bolo ganhará sustento?
Como ele terá EQUILÍBRIO?
Foi então que pediram para que XANGÔ equilibrasse e trouxesse sustento para o bolo.
Afinal, tudo tem a medida certa, e melhor não exagerar na dose.
Assim XANGÔ deu a ‘medida’ para que nada a mais fosse colocado no bolo que seria feito para DEUS…
Mas quem iria misturar todos os ingredientes e TRANSFORMAR aquilo em bolo?
Quem iria fazer com que ovos, farinha e outras coisas TOMASSEM FORMA?
Alguém precisava fazer o bolo, bater a farinha junto com o ovo até virar massa, e assim por diante…
Foram falar com OBALUAYÊ, que na hora se colocou à disposição e começou a misturar cada elemento, até o bolo começar a tomar seu formato.
Ingrediente por ingrediente, calmamente, OBALUAYÊ foi aos poucos misturando um a um, fazendo com que tudo o que foi separado, na dose certa, começasse a ter o formato de um bolo.
– Mão na massa OBALUAYÊ! – disse OXALÁ.
– Ótimo! – exclamaram os Orixás. Mas o bolo ainda não estava pronto.
– Ainda falta alguma coisa, pensaram eles. Depois de tudo feito, é preciso dar vida ao bolo!
Precisamos de um ‘forno’ para que se comece a GERAR dos elementos crus um delicioso e saboroso bolo e então levaram o bolo a IEMANJÁ.
Pediram a Ela que colocassem o bolo em seu forno para que assim fosse dado VIDA a ele.
IEMANJÁ se encarregou de GERAR aqueles elementos, ainda crus, e que resultariam num bolo para DEUS.
É hora de assar o bolo e OMOLU, junto a IEMANJÁ, se encarregou para que o bolo não queimasse e ficasse pronto na hora certa.
Afinal, quando algo tem que ser gerado, tem um TEMPO DETERMINADO.
E NANÃ também colaborou para que todos aguardassem com parcimônia que o produto final fosse depurado ao forno e assim ficasse pronto no momento certo.
Paciência para o bolo crescer!
E o bolo ficou pronto! Mas será que o bolo ficou bom?
Quem daria um bolo a DEUS sem experimentá-lo antes?
Quem está à frente de tudo e se coloca como o primeiro ou a primeira a enfrentar qualquer situação que seja?
EXU e POMBAGIRA apresentaram-se e experimentaram o bolo e, junto aos outros ORIXÁS, levaram o bolo pronto para DEUS!
***
Como entender os Orixás? Com certeza essa história acima simplifica sua atuação em nossas vidas.
Mas também ajuda a mostrar a forma como tudo é criado, repleto de sabedoria, mas na medida certa.
Deus nos dá aquilo que precisamos e não aquilo que por vezes queremos.
Eu entendo que os Orixás são, além de forças, qualidades de Deus que atuam sempre em nossas vidas direta ou indiretamente.
Muitas vezes pedimos a Deus que nos dê saúde sempre em nossos dias.
Mas um dia contraímos uma gripe ou outra doença qualquer.
O que aconteceu? Pedimos uma coisa e vem outra?
Pois bem, mas se eu tenho uma doença é porque algo em mim não vai bem, correto?
Então eu me ajoelho, elevo meu pensamento a Deus e peço a ele que atue em minha vida e cuide de minha saúde.
Mas, como eu disse, se algo em minha vida não vai bem, eu preciso fazer uma auto-análise:
Será que esse problema de saúde é devido ao meu relacionamento não ir bem e estar me desgastando?
Será que minha saúde vai mal porque fanatizo meu lado religioso?
Será que sou rigoroso demais?
Será que acho que tenho sempre razão e não ouço a ninguém?
Vivo sempre na minha verdade e pronto?
Será que é porque não estou disposto a mudar?
Em cada aspecto de minha vida, posso ter atuação de um ou mais Orixás?
Sim!
Posso ter Oxalá trabalhando meu lado religioso.
Oxum atuando em meus aspectos amorosos, no convívio de familiares ou parceiros.
Ogum me direcionando e Xangô me trazendo tudo na medida certa.
Muitas vezes, precisamos da força de Obaluayê para evoluir e sair de uma realidade e seguir para outra, a partir de nossa mudança interior.
E precisamos de paciência e depuração, que Nanã nos ensina sempre.
E nada melhor que sermos envolvidos na força de nossa amada mãe Iemanjá e começarmos a gerar, a partir de nós, a mudança que queremos para nossas vidas!
Enfim, para mudar da doença para a saúde perfeita, depende somente de nós, de nossas atitudes e de como tratamos nossas vidas.
A atuação de nossos Orixás vai muito além do que podemos imaginar; o que conhecemos não chega nem a 1% do que Deus é capaz de realizar…
Mas, para ter ao menos uma base para o que falamos, é necessário estudar e procurar aprender cada vez mais.
Então, como entender os Orixás é simples, mas requer dedicação.
Afinal, para ser UMBANDISTA é necessário ter inteligência e não ser acomodado.
Colaborou Junior Pereira, médium do Templo Espírita Seara da Esperança – Eternos Aprendizes
sábado, 29 de setembro de 2018
sábado, 22 de setembro de 2018
Espíritos zombeteiros: quem são e o que podem causar?
Espíritos zombeteiros recebem diferentes nomes dependendo de cada região do Brasil e até de cada Terreiro.
Depois de tomar consciência do seu desencarne, o espírito de baixa evolução não aceita ajuda do Alto que não permite que ele continue a conviver com os encarnados e continua a vivenciar seus vícios e a negativar seu mental.
Energeticamente, ele passa a cair de faixas vibratórias e assumir seu polo negativo.
Agregam-se a espíritos com o mesmo padrão energético formando falanges e assumindo um grau dentro da hierarquia das trevas.
Aprendem a manipular energias e as usam contra seus desafetos encarnados e contra os trabalhadores da Luz.
Unem-se a encarnados praticantes de magia negativa e, muitas vezes, se fazem passar por algum Exu.
Mas não passam de espíritos trevosos de pouca evolução.
Um Exu, trabalhador da seara umbandista, trabalha para a Lei nas trevas, e nada faz sem a permissão do Alto.
Um Exu de Lei pode tanto assumir sua fisionomia humana como a de qualquer criatura.
Pois são trabalhadores que, amparados pelo Trono do Alto, trabalham nos domínios do Trono do Embaixo.
Já um quiumba, representante de espíritos zombeteiros, não tem mais a sustentação energética do Trono do Alto para o amparar.
Pois está vibratoriamente muito baixo, e passa a ser amparado pelo Polo Negativo daquele Trono.
O Polo positivo que moldou sua aparência humana não consegue mais enviar energias para dar sustentação a esta aparência.
E então o ser passa a “perder” sua fisionomia e a assumir aparências monstruosas.
Os quiumbas obsediam uma pessoa encarnada para vivenciar seus vícios, para se vingar ou para agradar algum encarnado que, através de magia negativa, solicitou seus serviços.
É o uso da mentira, da enganação.
Mesmo nas trevas, há uma Lei que os rege.
Uma demanda de morte contra algum encarnado não matará, mas ele poderá sofrer um grave acidente para que se apegue mais a Deus e dê mais valor a sua Vida.
Mas se esta pessoa se revoltar, eles poderão incitá-lo ao suicídio, ao uso de drogas, etc.
Mas a escolha, mesmo que inconsciente, é do encarnado.
Quando o demandado é um médium com uma missão a cumprir, ele alguma hora irá procurar ajuda e iniciará sua missão espiritual (virá pela dor!).
Muitas vezes, os protetores desse médium tomam a sua frente para receber estas cargas negativas e não machucar demais seus protegidos.
Os quiumbas se locomovem facilmente, sabem volitar, plasmar armas e manipular energias que são pedidas aos seus amigos encarnados através de oferendas.
O encarnado obsediado por um quiumba sentirá todos seus sentimentos negativos desequilibrados como ódio, raiva, rancor, revolta, descontrole emocional.
Egum escravo poderá ser escalado para permanecer ao lado daquele encarnado e lhe prejudicar a saúde física e mental, sugando sua energia vital.
Uma hora ou outra a Lei Maior interferirá nas ações deste quiumba.
Então, ele será capturado por um Exu de Lei e a Eles passará a prestar contas.
Depois de um tempo será esclarecido e, se for de sua vontade, permanecerá na falange daquele Exu, passando ele também a trabalhar para a Lei Maior.
A Umbanda trabalha incansavelmente combatendo estes espíritos trevosos ou espíritos zombeteiros.
E trabalha protegendo os encarnados, desmanchando magias negativas e amarrações através de suas entidades que trabalham para a Lei Maior.
Texto de Marcia Conti
ENTENDA!
O QUE SÃO EGUNS?
Eguns, na Umbanda, são espíritos que ainda não adquiriram um grau de consciência e nem mesmo sabem que estão desencarnados.
Podem se tornar obsessores quando se ligam a algum encarnado para, por exemplo, vivenciar seus vícios materiais (álcool, droga, sexo, etc..).
Ou ainda por não admitirem se afastar de algum encarnado (esposa, filhos, amigos) e até para se vingarem de seus inimigos.
Os Eguns ficam vagando em nosso meio e às vezes são aprisionados por “quiumbas” (seres que já sabem que são desencarnados e fogem do auxílio).
Nestes casos, são escravizados e muitas vezes usados para sugarem energia de encarnados, sempre a mando dos quiumbas.
O QUE SÃO QUIUMBAS?
Quiumbas (ou kiumbas) são seres desencarnados que apresentam um grau de evolução muito rudimentar.
São os verdadeiros espíritos zombeteiros.
Podem ter sido encarnados que tiveram uma vida de violência, tortura e maldade e, assim, quando desencarnados, ainda vibram uma energia muita baixa, que vai levar mais tempo para serem encaminhados para o Bem.
Muitos atrapalham a vida dos encarnados e, quando confrontados, ainda mentem dizendo que são Exus, Pombagiras, etc.
A verdade é que não são, mas querem nos confundir.
Depois de tomar consciência do seu desencarne, o espírito de baixa evolução não aceita ajuda do Alto que não permite que ele continue a conviver com os encarnados e continua a vivenciar seus vícios e a negativar seu mental.
Energeticamente, ele passa a cair de faixas vibratórias e assumir seu polo negativo.
Agregam-se a espíritos com o mesmo padrão energético formando falanges e assumindo um grau dentro da hierarquia das trevas.
Aprendem a manipular energias e as usam contra seus desafetos encarnados e contra os trabalhadores da Luz.
Unem-se a encarnados praticantes de magia negativa e, muitas vezes, se fazem passar por algum Exu.
Mas não passam de espíritos trevosos de pouca evolução.
Um Exu, trabalhador da seara umbandista, trabalha para a Lei nas trevas, e nada faz sem a permissão do Alto.
Um Exu de Lei pode tanto assumir sua fisionomia humana como a de qualquer criatura.
Pois são trabalhadores que, amparados pelo Trono do Alto, trabalham nos domínios do Trono do Embaixo.
Já um quiumba, representante de espíritos zombeteiros, não tem mais a sustentação energética do Trono do Alto para o amparar.
Pois está vibratoriamente muito baixo, e passa a ser amparado pelo Polo Negativo daquele Trono.
O Polo positivo que moldou sua aparência humana não consegue mais enviar energias para dar sustentação a esta aparência.
E então o ser passa a “perder” sua fisionomia e a assumir aparências monstruosas.
Os quiumbas obsediam uma pessoa encarnada para vivenciar seus vícios, para se vingar ou para agradar algum encarnado que, através de magia negativa, solicitou seus serviços.
É o uso da mentira, da enganação.
Mesmo nas trevas, há uma Lei que os rege.
Uma demanda de morte contra algum encarnado não matará, mas ele poderá sofrer um grave acidente para que se apegue mais a Deus e dê mais valor a sua Vida.
Mas se esta pessoa se revoltar, eles poderão incitá-lo ao suicídio, ao uso de drogas, etc.
Mas a escolha, mesmo que inconsciente, é do encarnado.
Quando o demandado é um médium com uma missão a cumprir, ele alguma hora irá procurar ajuda e iniciará sua missão espiritual (virá pela dor!).
Muitas vezes, os protetores desse médium tomam a sua frente para receber estas cargas negativas e não machucar demais seus protegidos.
Os quiumbas se locomovem facilmente, sabem volitar, plasmar armas e manipular energias que são pedidas aos seus amigos encarnados através de oferendas.
O encarnado obsediado por um quiumba sentirá todos seus sentimentos negativos desequilibrados como ódio, raiva, rancor, revolta, descontrole emocional.
Egum escravo poderá ser escalado para permanecer ao lado daquele encarnado e lhe prejudicar a saúde física e mental, sugando sua energia vital.
Uma hora ou outra a Lei Maior interferirá nas ações deste quiumba.
Então, ele será capturado por um Exu de Lei e a Eles passará a prestar contas.
Depois de um tempo será esclarecido e, se for de sua vontade, permanecerá na falange daquele Exu, passando ele também a trabalhar para a Lei Maior.
A Umbanda trabalha incansavelmente combatendo estes espíritos trevosos ou espíritos zombeteiros.
E trabalha protegendo os encarnados, desmanchando magias negativas e amarrações através de suas entidades que trabalham para a Lei Maior.
Texto de Marcia Conti
ENTENDA!
O QUE SÃO EGUNS?
Eguns, na Umbanda, são espíritos que ainda não adquiriram um grau de consciência e nem mesmo sabem que estão desencarnados.
Podem se tornar obsessores quando se ligam a algum encarnado para, por exemplo, vivenciar seus vícios materiais (álcool, droga, sexo, etc..).
Ou ainda por não admitirem se afastar de algum encarnado (esposa, filhos, amigos) e até para se vingarem de seus inimigos.
Os Eguns ficam vagando em nosso meio e às vezes são aprisionados por “quiumbas” (seres que já sabem que são desencarnados e fogem do auxílio).
Nestes casos, são escravizados e muitas vezes usados para sugarem energia de encarnados, sempre a mando dos quiumbas.
O QUE SÃO QUIUMBAS?
Quiumbas (ou kiumbas) são seres desencarnados que apresentam um grau de evolução muito rudimentar.
São os verdadeiros espíritos zombeteiros.
Podem ter sido encarnados que tiveram uma vida de violência, tortura e maldade e, assim, quando desencarnados, ainda vibram uma energia muita baixa, que vai levar mais tempo para serem encaminhados para o Bem.
Muitos atrapalham a vida dos encarnados e, quando confrontados, ainda mentem dizendo que são Exus, Pombagiras, etc.
A verdade é que não são, mas querem nos confundir.
sábado, 15 de setembro de 2018
Matança de animais na Umbanda: por que não há (e não deve haver)?
Matança de animais de cunho religioso é um tema controverso.
A Umbanda é uma religião que se utiliza de conhecimento de outras religiões, entre elas, o Catolicismo, o Espiritismo, Xamanismo, Candomblé, etc.
Trata-se de uma religião totalmente brasileira e de forte influência cristã.
Tudo que é cristão aceita Cristo como seu Senhor e salvador.
Não é à toa que, na Umbanda, Oxalá está sincretizado com nosso senhor Jesus Cristo.
No Velho Testamento, Deus aceitava sacrifícios (ou matança de animais).
No Novo Testamento, Jesus foi o último cordeiro (por isso dizemos “sangue de Jesus tem poder”).
Com a crucificação de Jesus, todos os pecados da humanidade foram perdoados e, portanto, dispensa qualquer outro tipo de sacrifício.
Para uma religião cristã, o arrependimento verdadeiro é suficiente para cura dos pecados.
Uma pessoa que se arrepende verdadeiramente é para o “trono da fé” uma outra pessoa.
Um exemplo claro disso é o perdão que Jesus deu a Judas (seu traidor) e aos bandidos que com ele foram crucificados.
A cura na Umbanda é dada e atingida por atos, por livre arbítrio.
E também por merecimento, por ganho de consciência de si próprio e não com a matança de animais.
Já o Candomblé, por sua vez, não é uma religião cristã, mas tem suas raízes na África e trata o sacrifício ou matança de animais dentro de uma outra leitura.
Porém, não é porque se aceita sacrifício que os animais devem sofrer.
Matança de animais em Terreiros de Candomblé sérios são feitas com todo cuidado.
Aqueles animais são preparados, rezados, criados, abatidos e entregues ao ‘Santo’.
E depois, suas partes servem de alimento aos médiuns.
O que não pode ser aproveitado (como vísceras, patas, etc.) é dado ao Santo.
Diferente dos cultos de magia negativa onde animais sofrem.
Nestes cultos, o intuito é fazer com que as pessoas (“vítimas da entrega”) sejam afetadas pelo trabalho do baixo astral.
Quando o assunto for “sacrifício ou matança de animais”, a primeira coisa a esclarecer é: são coisas totalmente diferentes
Umbanda, Candomblé, Quimbanda, etc., cada um tem sua ritualística.
A segunda coisa a observar é que cada Casa (independente da religião) tem a sua doutrina.
Casas de Umbanda que aceitam ou praticam sacrifícios animais não podem ser chamadas de Umbanda.
No máximo, “Umbandomblé”.
CUIDADO COM A HIPOCRISIA RELIGIOSA
Muitas críticas são feitas ao Candomblé pela matança de animais.
Porém, muitos destes críticos comem carne bovina na churrascaria, carne de porco no domingo, carne de frango no regime, peixe na praia, etc.
Vamos lembrar que “hipocrisia” é o ato de exigir do outro aquilo que não se pratica.
Pessoas que moram em sítios e cidades interioranas abatem galinhas quebrando-lhe o pescoço antes de servi-las como alimento.
Pescadores deixam os peixes morrerem sufocados em seus barcos.
O fato de você não saber a procedência da morte de um bicho que vai à sua mesa não altera sua conivência e responsabilidade para com a morte daquele bicho.
Pessoas que criticam o Candomblé pela matança de animais não sabem que eles também são servidos de refeição na sequência.
Bichos que morrem cruelmente ou tem seus restos mortais expostos com cunho maquiavélico em espaço urbano são dedicados à magia negativa e não traduzem a Umbanda (e nem o Candomblé).
A maldade está no ser humano e não na religião.
Matança de animais é, na verdade, um termo equivocado.
O fato de você ser ou não umbandista não o exime de respeitar a religião alheia.
Vivemos em um país laico, isso significa que há a liberdade religiosa.
Há de se observar as leis ambientais contra sofrimento animal.
Porém, aquele que se mata para ser servido de alimento é tolerado.
O que é difícil é colocá-lo e aceitá-lo dentro de certa religião.
Fonte: Blog do Baiano Juvenal
A Umbanda é uma religião que se utiliza de conhecimento de outras religiões, entre elas, o Catolicismo, o Espiritismo, Xamanismo, Candomblé, etc.
Trata-se de uma religião totalmente brasileira e de forte influência cristã.
Tudo que é cristão aceita Cristo como seu Senhor e salvador.
Não é à toa que, na Umbanda, Oxalá está sincretizado com nosso senhor Jesus Cristo.
No Velho Testamento, Deus aceitava sacrifícios (ou matança de animais).
No Novo Testamento, Jesus foi o último cordeiro (por isso dizemos “sangue de Jesus tem poder”).
Com a crucificação de Jesus, todos os pecados da humanidade foram perdoados e, portanto, dispensa qualquer outro tipo de sacrifício.
Para uma religião cristã, o arrependimento verdadeiro é suficiente para cura dos pecados.
Uma pessoa que se arrepende verdadeiramente é para o “trono da fé” uma outra pessoa.
Um exemplo claro disso é o perdão que Jesus deu a Judas (seu traidor) e aos bandidos que com ele foram crucificados.
A cura na Umbanda é dada e atingida por atos, por livre arbítrio.
E também por merecimento, por ganho de consciência de si próprio e não com a matança de animais.
Já o Candomblé, por sua vez, não é uma religião cristã, mas tem suas raízes na África e trata o sacrifício ou matança de animais dentro de uma outra leitura.
Porém, não é porque se aceita sacrifício que os animais devem sofrer.
Matança de animais em Terreiros de Candomblé sérios são feitas com todo cuidado.
Aqueles animais são preparados, rezados, criados, abatidos e entregues ao ‘Santo’.
E depois, suas partes servem de alimento aos médiuns.
O que não pode ser aproveitado (como vísceras, patas, etc.) é dado ao Santo.
Diferente dos cultos de magia negativa onde animais sofrem.
Nestes cultos, o intuito é fazer com que as pessoas (“vítimas da entrega”) sejam afetadas pelo trabalho do baixo astral.
Quando o assunto for “sacrifício ou matança de animais”, a primeira coisa a esclarecer é: são coisas totalmente diferentes
Umbanda, Candomblé, Quimbanda, etc., cada um tem sua ritualística.
A segunda coisa a observar é que cada Casa (independente da religião) tem a sua doutrina.
Casas de Umbanda que aceitam ou praticam sacrifícios animais não podem ser chamadas de Umbanda.
No máximo, “Umbandomblé”.
CUIDADO COM A HIPOCRISIA RELIGIOSA
Muitas críticas são feitas ao Candomblé pela matança de animais.
Porém, muitos destes críticos comem carne bovina na churrascaria, carne de porco no domingo, carne de frango no regime, peixe na praia, etc.
Vamos lembrar que “hipocrisia” é o ato de exigir do outro aquilo que não se pratica.
Pessoas que moram em sítios e cidades interioranas abatem galinhas quebrando-lhe o pescoço antes de servi-las como alimento.
Pescadores deixam os peixes morrerem sufocados em seus barcos.
O fato de você não saber a procedência da morte de um bicho que vai à sua mesa não altera sua conivência e responsabilidade para com a morte daquele bicho.
Pessoas que criticam o Candomblé pela matança de animais não sabem que eles também são servidos de refeição na sequência.
Bichos que morrem cruelmente ou tem seus restos mortais expostos com cunho maquiavélico em espaço urbano são dedicados à magia negativa e não traduzem a Umbanda (e nem o Candomblé).
A maldade está no ser humano e não na religião.
Matança de animais é, na verdade, um termo equivocado.
O fato de você ser ou não umbandista não o exime de respeitar a religião alheia.
Vivemos em um país laico, isso significa que há a liberdade religiosa.
Há de se observar as leis ambientais contra sofrimento animal.
Porém, aquele que se mata para ser servido de alimento é tolerado.
O que é difícil é colocá-lo e aceitá-lo dentro de certa religião.
Fonte: Blog do Baiano Juvenal
sábado, 8 de setembro de 2018
Insegurança mediúnica: iniciantes ou experientes, todos estão sujeitos
A insegurança mediúnica pode ocorrer a qualquer médium, seja mais experiente ou em desenvolvimento.
Existe uma dicotomia sobre a mediunidade e sua manifestação de forma segura no início do desenvolvimento.
E também, porque não, durante as primeiras manifestações?
Isso é aceitável e comum, pois o médium está vivenciando algo bem diferente do ordinário da vida material.
Chamamos de Insegurança Mediúnica.
Mas algumas vezes a insegurança acaba perseguindo os médiuns durante todo o processo de desenvolvimento.
Segundo o Vovô Francisco do Congo, é algo até saudável.
Isso porque mantém nossos pés no chão e não vamos querer criar algo que não existe, como muitas manifestações teatrais que vemos por aí.
Contudo, quando a insegurança mediúnica é em excesso, acaba prejudicando o processo de incorporação.
O ideal é que consigamos, assim como tudo, encontrar o equilíbrio!
Para isso precisamos ter a consciência de que estamos trabalhando em comunhão com uma entidade espiritual e não apenas permitindo que ela trabalhe sozinha, mas também que apesar dela estar em parceria conosco, é ela quem deverá tomar a liderança.
Em outras palavras: Devemos deixar a entidade trabalhar!
O caso mais emblemático que vemos são os de animismo e mistificação.
Eles podem ser graves para o médium, para o consulente e também para a casa espiritual.
Não há uma dica fácil para seguir nesses casos.
O mais indicado é sempre manter o trabalho caritativo, sem interesses pecuniários, sem ostentações.
E sempre combatendo nossas paixões inferiores.
Temos que ter a ciência de que estamos trabalhando com um espírito para o bem de todos e não para que sejamos exaltados como santos ou heróis.
A mediunidade é um bem precioso e quando bem trabalhada irá proporcionar a você muita felicidade.
E sem necessariamente alguém ter que exaltar suas façanhas. Até porque não são suas.
Caso você se encontre com muita insegurança mediúnica, converse com seu dirigente.
E tente fazer exercícios de centramento e alinhamento de chacras.
Também pode ocorrer o processo inverso, o excesso de confiança.
Nesse caso é onde veremos os “supermédiuns” com suas façanhas intermináveis.
Porém, aqui notamos o claro desvio da finalidade mediúnica, onde possivelmente os mentores – de fato – não conseguem mais se manifestar.
Vamos encontrar médiuns que falam sobre a vida conjugal alheia, tentam adivinhar o futuro, sugestionam que possíveis traições estão ocorrendo e até mesmo quanto tempo de vida ainda resta a alguém.
Devemos tomar cuidado nestes casos também.
A vida do médium é cercada de reflexões.
Devemos estar sempre em profunda meditação sobre nossos atos e nossos aprendizados.
A nossa mediunidade, segundo diz o Caboclo Rompe Mato, é muito mais para nos ajudar (no caso evoluir moralmente) do que ajudar aos terceiros.
Pois quem ajuda os terceiros são os mentores.
Vamos usar esse dom para algo que realmente valha a pena!
E assim também vamos eliminando a insegurança mediúnica.
Existe uma dicotomia sobre a mediunidade e sua manifestação de forma segura no início do desenvolvimento.
E também, porque não, durante as primeiras manifestações?
Isso é aceitável e comum, pois o médium está vivenciando algo bem diferente do ordinário da vida material.
Chamamos de Insegurança Mediúnica.
Mas algumas vezes a insegurança acaba perseguindo os médiuns durante todo o processo de desenvolvimento.
Segundo o Vovô Francisco do Congo, é algo até saudável.
Isso porque mantém nossos pés no chão e não vamos querer criar algo que não existe, como muitas manifestações teatrais que vemos por aí.
Contudo, quando a insegurança mediúnica é em excesso, acaba prejudicando o processo de incorporação.
O ideal é que consigamos, assim como tudo, encontrar o equilíbrio!
Para isso precisamos ter a consciência de que estamos trabalhando em comunhão com uma entidade espiritual e não apenas permitindo que ela trabalhe sozinha, mas também que apesar dela estar em parceria conosco, é ela quem deverá tomar a liderança.
Em outras palavras: Devemos deixar a entidade trabalhar!
O caso mais emblemático que vemos são os de animismo e mistificação.
Eles podem ser graves para o médium, para o consulente e também para a casa espiritual.
Não há uma dica fácil para seguir nesses casos.
O mais indicado é sempre manter o trabalho caritativo, sem interesses pecuniários, sem ostentações.
E sempre combatendo nossas paixões inferiores.
Temos que ter a ciência de que estamos trabalhando com um espírito para o bem de todos e não para que sejamos exaltados como santos ou heróis.
A mediunidade é um bem precioso e quando bem trabalhada irá proporcionar a você muita felicidade.
E sem necessariamente alguém ter que exaltar suas façanhas. Até porque não são suas.
Caso você se encontre com muita insegurança mediúnica, converse com seu dirigente.
E tente fazer exercícios de centramento e alinhamento de chacras.
Também pode ocorrer o processo inverso, o excesso de confiança.
Nesse caso é onde veremos os “supermédiuns” com suas façanhas intermináveis.
Porém, aqui notamos o claro desvio da finalidade mediúnica, onde possivelmente os mentores – de fato – não conseguem mais se manifestar.
Vamos encontrar médiuns que falam sobre a vida conjugal alheia, tentam adivinhar o futuro, sugestionam que possíveis traições estão ocorrendo e até mesmo quanto tempo de vida ainda resta a alguém.
Devemos tomar cuidado nestes casos também.
A vida do médium é cercada de reflexões.
Devemos estar sempre em profunda meditação sobre nossos atos e nossos aprendizados.
A nossa mediunidade, segundo diz o Caboclo Rompe Mato, é muito mais para nos ajudar (no caso evoluir moralmente) do que ajudar aos terceiros.
Pois quem ajuda os terceiros são os mentores.
Vamos usar esse dom para algo que realmente valha a pena!
E assim também vamos eliminando a insegurança mediúnica.
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